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Guta Chaves

| | Trekking

TRAVESSIA 
 
 
No dicionário Aurélio, a palavra significa a ação de atravessar de um lado a outro uma região, um rio, um mar, um continente; longo trecho de um caminho selvagem. Mas essa travessia física também pode ter um significado literário: de um caminho interior, em que se busca um aprendizado, vivenciando e aprendendo com cada momento, bons e difíceis. Assim, a conquista da chegada tem um gostinho muito mais doce e intenso, porque carrega com carinho todas as lembranças de cada pedacinho da viagem. Essa foi minha verdadeira razão por fazer pela segunda vez a Joatinga, depois de oito anos. Sendo que também fiquei esses mesmos anos sem fazer um trecking.
 
 
Belos motivos para a travessia da Ponta da Joatinga 
 
 
Caminhar apreciando a bonita paisagem da Mata Atlântica, ao mesmo tempo superando os próprios limites.
 
 
Conhecer pessoas bacanas, que gostam de compartilhar experiências e ajudar umas às outras: Artur, Meiry, Loany, Claudia, Thais, Andréa, Álvaro, Silvio, Elio, e os guias Daniel, Otávio e Allisson. 
 
 
Apreciar nas chegadas praias quase desertas e belíssimas como Antiguinhos e Antigos, cachoeiras, rios e a cultura local. 
 
 
Conhecer o seu Maneco e sua luta para a manutenção de seu pedaço de terra no Paraíso que é Martim de Sá. Comer do delicioso feijãozinho feito pela mulher do seu Maneco. 
 
 
Enternecer-se na singela praia do Cairuçu com um acampamento com vista para o mar, com possibilidade de presenciar, de camarote, o nascer do sol. Conviver com seu Pedro pescador, e acompanhá-lo tecendo sua engenhosa rede. Conhecer um pouco da história de dona Joelma, mulher de pescador e mãe de nove filhos, que mora cinco meses no rancho de pesca e, depois, vive os outros meses do ano em sua casa, que é distante do Cairuçu. E, de quebra, degustar a especialidade do guia Daniel: o macarrão à trilhanesca, uma receita de sustança para nos fortalecer para a caminhada do dia seguinte. Que, antes de nos emprenharmos na mata, tivemos um momento mágico de silêncio na pedra grande do Cairuçu, ouvindo o som da natureza.
 
 
Desfrutar da hospitalidade à luz de velas e boa comida, acompanhado de bom gosto musical, de seu Lelé e sua esposa. Tudo isso de frente pro mar na singela e pequena Praia Negra. Assistir, no café-da-manhã cinco estrelas do Bar da Bikinha, belas cena: a chegada dos pescadores de barco com o fruto de seu trabalho, seu Lelé indo receber o peixe fresquíssimo e o bonito espetáculo das crianças alimentando os vários pássaros tesoureiros, jogando peixinhos para cima. 
 
 
Ah, os detalhes e sutilezas são tão importantes! Como o Daniel levar grão de soja para complementar a alimentação da amiga vegetariana, a Claudia; o Alisson voltar uma parte do caminho de areia para encontrar a meia de uma pessoa do grupo; a atenção que o Otávio, o mestre de cerimônias estava sempre pronto a dar a todos. E a paciência e carinho de todos os guias e toda a equipe, auxiliando nas dificuldades de cada um.
 
 
Essas e outras atitudes estimularam a solidariedade do grupo no caminho de Cairuçu à Praia Negra. Cada um contribuiu com o que tinha para o lanche – e do nada saiu tanta coisa – quando se pensou que a mochila com a comida tinha ido por engano de barco com as outras mochilas, levadas pela prestativa Loany. Aliás, despachar as mochilas foi mais uma atitude acertiva do nosso líder para nos aliviar na caminhada mais difícil. 
 
 
Ao chegar à Praia do Sono dá vontade ficar mais um pouco, que fosse mais uma tarde, para aproveitar a gostosa comida de frente pro mar e curtir mais um pouco a viagem e a companhia do grupo. 
 
 
Uma travessia como essa, em todos os sentidos, faça chuva ou faça sol, só traz boas lembranças quando todos se doam. E, claro, isso é possível graças ao carinho e profissionalismo de guias como Daniel, o nosso líder, Alisson e Otávio, um trio que se completa. 
 
 
Tudo isso, não tem preço!

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Denise Avancini

| Patagônia Verão Aventura | Trekking

“Viajei para a Patagônia em janeiro de 2011 com minha família e passamos 9 dias entre El Calafate, Torres Del Paine e Ushuaia. Achei a viagem simplesmente maravilhosa. Não tinha muita idéia do que iria encontrar a não ser belas paisagens, glaciares e pinguins. Mas a viagem foi uma surpresa só. O fato de escolhermos um tipo de viagem com bastante caminhadas nos permitiu ter um contato único com a natureza na sua forma mais selvagem, eu diria. Em Torres Del Paine, a trilha de quase 1 dia foi incrível. O cansaço foi compensado pelas paisagens deslumbrantes de montanhas, lagos, vales e os famosos picos do Paine (nem todos chegaram até o final, mas para todos nós, a sensação de vencermos um enorme desafio foi muito gratificante). Sentir a força do vento da Patagônia chilena também foi uma experiência inédita e marcante (nossas barracas resistiram bravamente a uma noite de chuva e ventania). De volta a El Calafate, conhecemos o glaciar Perito Moreno e, embora eu já esperasse algo extraordinário, fazer o mini-trekking foi realmente uma experiência linda, inesquecível. Não dá para descrever; só experimentando para saber... Mas dá para ter uma idéia pelas belíssimas fotos que tiramos! Em Ushuaia, os passeios que fizemos superaram minhas expectativas. A trilha de 4 Km no Parque Nacional da Terra do Fogo é linda e gostosa de se caminhar (após Torres Del Paine, qualquer trilha nos parecia “tranquila”). A pinguinera da Estância Harberton foi uma delícia. Emocionante o contato tão próximo com esses animais incríveis, em seu habitat natural. Fechamos a viagem com chave de ouro, com a subida ao glaciar Martial. Subida difícil, mas a encaramos com toda coragem e disposição. Resistimos bravamente à tentação do teleférico! Viramos adeptos do trekking em montanhas. Mas valeu! O desafio foi compensado pela vista estupenda das montanhas e da cidade ao longe, sem contar a surpresa das crianças quando encontraram a neve no topo da trilha, em pleno verão patagônico! Não tiveram dúvidas: deu guerra de bolas de neve e surgiu um lindo boneco. Só temos que agradecer a todos vocês da Pisa! Obrigada ao Maurício e a Cláudia por todas as explicações e dicas importantes (muitíssimos úteis os fleeces e anoraks) e nossa gratidão à Kátia por toda a atenção e gentileza com que nos atendeu. Abraços e até a próxima viagem! (Denise Avancini).”

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Fany Robles

Paisagens do Deserto do Atacama e Santiago | Deserto de Atacama |

A princípio pensei em contar o que vi, mas o que vi, foi fotografado, então vou ficar no que senti.. 
 
O que sentimos é o que realmente não se esquece, mais difícil de se retratar, porém, muitas vezes, mais interessante.
 
As características de um deserto não seria exatamente o que eu buscaria para uma viagem, pois amo a vida, e de uma certa forma, o deserto é um pouco da morte... Porém, gosto de desafio e aventura, e os mistérios que o Atacama trás, me amedrontam mas também me encantam. As paisagens, os ventos, as cores, os movimentos de terra, o frio e as alturas fazem com que os enfrentamentos que ele exige, tornem-se a própria reverência a vida. 
 
 
O Atacama é aconchegante para nossa alma, por três razões fundamentais...pela temperatura, apesar do sol brilhar todos os dias com muita intensidade, numa claridade infinita, a falta de umidade não deixa o calor ficar, alem do vento que luta e vence as altas temperaturas, então o calor é acolhedor...pelas paisagens, estas te abraçam numa imensidão irresistível, as cores são a exibição da vida, algo transcendental... e também pelo povo latino/andino, cujas marcas do sol e do frio nos faz pensar serem sofridos, mas na verdade são parte da grande alma do deserto e montanhas.
 
Encerro esse pequeno texto sobre o Atacama com uma saudade que já ficou e com um trecho do livro do Ruben Alves que diz:“Ha beleza demais no Universo, mas o tempo vai-nos roubando as coisas que amamos. Vai-se os arbustos, vai-se a montanha, vão-se os riachos cristalinos, vão-se as pessoas amadas, vamos nós... o tempo é um monstro que devora os seus filhos. Fica a saudade. Saudade é presença da ausência das coisas que amamos e nos foram roubadas pelo tempo. As águas dos rios são circulares, o tempo é circular, o que foi perdido volta num eterno retorno.. Deus existe para nos livrar da saudade...”Saudade de vocês companheiros de montanha
 
Fany
 
Fany Robles Lupion - esteve no Deserto de Atacama (Reveillon 2011) e subiu o Cerro Toco (5.640m).

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Rafael Fiuza

| Machu Picchu Trilha Inca | Trekking

Oi Katia,
 
Foi tudo ótimo, cansativo né...rsrsrsrs...mas tudo perfeito.
 
O pessoal da agência local e o nosso guia da trilha Rafael
foram sensacionais, fizeram tudo dar certo e ser maravilhoso, além de todos, desde o motorista dos passeios até o “porteador” de nossas mochilas na trilha serem simpáticos e pessoas maravilhosas.
 
Destaque ainda para o cozinheiro da trilha (Basílio) que cozinhava muito bem e fazia comidas deliciosas, fazendo a gente querer chegar aos checkpoints da trilha...ehehehe...a única coisa ruim é que não emagreci nada...hahhahaha.
 
Agradeço a você, que sempre me atendeu muito bem, e a todos que estiveram
envolvidos na nossa viagem, que até ceia de reveillon no meio da trilha
teve!
 
Abs,
Rafael Fiuza.

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